27/09/01
Cada degrau um obstáculo
um desafio para ser superado
ter refletido no rosto um sorriso zombeteiro
de quem conseguiu alcançar o topo
e descobriu que descer seria mais austéro...
Numa linha reta perco a visão
não vislumbro fim nem começo
tenho arqueada as sombrancelhas
devido a incerteza de chegar seguro
para descobrir que na volta será mais duro...
Na gaveta guardo meu passado
junto de tralhas, há muito supérfluas
Nada mais resta-me que a solidão
a espera longa. de quem espreita-me nas sombras
cantarolando uma canção...
e num livro, registro meus medos
junto com sentimentos há muito esquecidos
nada mais tenho que rugas e desejos
cabelos brancos, um rosto pálido
uma alma cansada, um coração vazio...
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