9 de ago. de 2010

FILHO BASTARDO

02/11/01

É este meu corpo um vasto universo
onde reinos microscópicos se levantam
no meu sangue habitam não sei quantos
nos meus ossos número igual de origens diversos

Mesmo morto é este corpo um paraíso fértil
onde vermes proliferam aos milhares
são filhos bastardos dos corpos que se desfazem
progênie hedionda de um pai estéril

Assim carregam nossos universos em caixões
cárceres lúgubres aptos a expansões
gerando vida apesar de morto
No pasto fértil a qual chamamos corpo!

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