9 de ago. de 2010

LIBERTAS, QUE SERÁ TAMEM!

30/10/01

Vê? Ninguém olha mais o pôr-do-sol
nem sonha com um negro corcel
que cavalga à noite sob o escuro céu
salpicado pelo orvalho que cai sereno

Não pode mais o homem iludido
contemplar estrelas e constelações
sentir o perfume das damas-da-noite
ouvir os grilos, ver os pirilampos

Existe o medo de tudo que é mistério
teme o homem a Deus, aos anjos e diabos
tranca-se dentro do seu pequeno cérebro mentecapto
e obriga-se a viver sem luz, sem razão

Arde no seu peito o desejo de ver-se livre
mas grandes e fortes são as algemas que os prendem
sonham em voar, mais andar, mal conseguem
acham que são amados, mas nem amar sabem

Vê? Sente você o mesmo que eu?
Sabe-me dizer se o homem é forte o bastante
para arrebentar os elos que o prendem
arrancar a mordaça e a venda
atirar-se sem medo aos braços da vida
e repousar sereno no colo da morte?!

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