20/08/01
Vagava com meu corpo sonolento
meio vazio por dentro,
não se de mente ou de alma
quando, deparei-me com uma parede
que as alturas subia
mas a lugar nenhum se chegava
Faltou-me olhos para comtemplá-la
Faltou-me asas para subí-la
deixei-me cair a seus pés...
impotente perante semelhante barreira,
chorei como há muito não chorava,
e recordei sonhos que há tempos sonhara:
Vagava eu com meu ego alterado
acreditando ser intocável,
quando deparei com uma caverna
que levou-me ao reino de caronte
onde almas embarcam a todos instantes
para o reino do medo eterno.
Paralizado estava meu cérebro
com as tétricas cenas que na minha
presença se desenrolavam.
Corpos decepados e impalados
corriam rumo ao fogo eterno
enquanto o demônio sem cerimônia
os introduzia num vale desolado
onde corpos decompostos caminhavam cabisbaixos.
Gritei, como há muito não gritava
Chorei, supliquei, tentava correr e não conseguia
Enquanto o diabo, com um sorriso de zombaria
me acenava dizendo, ser agora minha vez
Então acordei e descobri que havia morrido...
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