30 de nov. de 2010

28/01/2004 - ETERNO PRISIONEIRO

Ainda que ouvesse em mim
algum vestígio de amor, negar-me-ia
a vida, algo que eu ousasse amar...
transformaria meu amor em desejo doentio,
e privar-me-ia de pode-lo realizar!

Seria apenas mais um de seus fantoches,
dançando conforme sua vontade,
seria o bobo da corte, que alegraria suas noites,
e desprezado num canto qualquer
amargaria dia após dia...

Oh! Vida embusteira, acaso não haverás
outro, a quem possas privar alegrias?
Serei eu, seu eterno prisioneiro
ou haverás de me dar liberdade só no último momento?

Conceda-me ao menos uns míseros anos,
anos esses que caminharei sozinho,
Não seja agoista, nem vingativa,
dê-me apenas o que desejo,
e serei teu servo, pro resto da vida!
Por isso rogo-lhe: Oh! embusteira vida...

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