23 de set. de 2010

20/02/2002 - O MEDO!

Ainda hoje existem noites em que temo dormir,
temo o apagar das luzes, o fechar da porta,
um passo solitário que ouço das ruas,
o piar agourento das corujas
temo não sonhar e navegar na escuridão
dos pesadelos.
Ainda hoje a Mote causa-me tais devaneios.
Ainda hoje tendo a agir como uma criança
Durante o dia luto contra dragões e quimeras
e quando cai a noite temo na escuridão
e escondo-me sob as cobertas
Ainda hoje a noite me traz solidão...
Ainda hoje não posso chorar,
escondo lágrimas como um avarento
esconde seu dinheiro, sufoco soluços
no meu travesseiro e temo um dia conseguir.
Ainda hoje pensei em amar
mais um gosto amargo subiu-me até a boca...

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