30 de nov. de 2010

12/11/2002 - SEM ESPERANÇAS

Sem esperanças avanço passo a passo,
rumo ao martírio no cadafalso,
riem-se de mim os gentios,
xingam-me, cospem-me, atiram-me seus lixos

Sou para eles apenas um espetáculo,
um marionetes que dançará pelos ares,
um balet macabro e temerários,
os últimos passos para a morte

Por dentro choro, mas não de medo
choro por saber que mais tarde ou mais cedo
muitos outros meus passos hão de refazer

Não rezo por suas almas, pois também eles
por mim não rezam, apenas desejo que sejam
mais afortunados, e que o carrasco ao invés dum
laço, neles usem um pesado machado...

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